A Associação Médica Canadense (CMA) realizará uma cerimônia em Victoria, Colúmbia Britânica, na quarta-feira, para se desculpar publicamente pelos danos que a profissão médica causou aos povos indígenas.
“Ao oferecer este pedido de desculpas, esperamos construir confiança e apoiar os povos indígenas, comunidades e organizações, além de inspirar estudantes de medicina, médicos e organizações médicas a empreender sua própria jornada de reconciliação, profissional e pessoalmente como canadenses”, disse a CMA em um comunicado.
A CBC transmitirá a cerimônia ao vivo a partir das 13h (horário do Pacífico)/16h (horário do leste dos EUA), no território tradicional do povo de língua lək̓ʷəŋiʔnəŋ das Nações Songhees e Xwsepsum.
Dignitários das Primeiras Nações, Inuit e Métis se juntarão a autoridades da CMA no evento. O pedido formal de desculpas será feito pelo presidente da CMA, Dr. Joss Reimer.
“Nosso pedido de desculpas será oferecido com humildade, na esperança de que possamos construir confiança e que, em aliança com os povos indígenas, possamos promover a saúde indígena e alcançar um futuro melhor”, disse Reimer em um comunicado.
Também está programado para falar o ex-presidente da CMA Dra. Alika Lafontaineo primeiro líder indígena da associação.
A cerimônia também contará com a exibição de O Inesquecível, um curta-metragem sobre o ancião Métis Sonny MacDonald que, após ser retirado de sua comunidade, sofreu abusos e torturas no Hospital Indígena Charles Camsell, em Edmonton, após ser diagnosticado com tuberculose aos sete anos de idade.
Em seu site, a CMA reconhece as “disparidades de saúde inaceitáveis” enfrentadas pelos povos indígenas devido ao legado do colonialismo, escolas residenciais e racismo sistêmico no Canadá.